10 Dias de Jejum e Oração por Portugal

Julho 29, 2009

10 Dias de Jejum e Oração por Portugal

Filed under: Missões — pedrosilva7 @ 9:34 am

Oração

Este blog servirá de apoio à campanha dos 10 dias de Jejum e Oração por Portugal. Campanha esta que será lançada nesta conferência missionária pelo Pr. Edison Queiroz no dia 27 de Setembro de 2009.

Portugal precisa da nossa oração conjunta e, a exemplo do que tem ocorrido em outros países como resposta à oração e à acção do povo de Deus, queremos ver esta nação transformada e rendida aos pés de Jesus.

A partir do dia 28/09, o 1º dia de de jejum e oração,  será publicado neste blog um “post” à 00h00 de cada dia, durante os dez dias da campanha. Desta maneira você poderá  acompanhar e orar pelos motivos de jejum e oração do dia. Visite-nos portanto a cada dia da campanha!

ENVOLVA A SUA IGREJA E ORE CONNOSCO.

Àquele que, pelo poder que actua em nós, é capaz de tudo realizar muito para além do que pedimos ou pensamos, a Ele seja dada glória na igreja e em Cristo Jesus através de todas as gerações, para todo o sempre! Amém.”

Efésios 3:20-21

Julho 26, 2009

CULTIVANDO A DISCIPLINA ESPIRITUAL DO JEJUM E DA ORAÇÃO PARA UMA JORNADA FELIZ (Esdras 8. 21-23)

Filed under: Missões — arodolpho @ 6:10 am

INTRODUÇÃO

 Os ensinamentos de Jesus sobre o jejum e a oração não são volumosos. No NT Jesus ressalta a importância desta disciplina espiritual incidindo mais sobre as motivações para a sua prática do que com procedimentos e directrizes. ”E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.” Mateus 6:5-8

E é curioso que Ele usa a mesma estrutura, logo de seguida, para falar das motivações certas para a prática do Jejum: ”E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt 6.16-18).

A principal preocupação do ensino de Jesus é que os crentes se guardem de fazer do jejum um acto de hipocrisia. É uma advertência de Jesus a que não cedamos à tentação do auto-engrandecimento. Todos quantos advogam o jejum deveriam dar ouvidos às considerações de Jesus sobre esse assunto. No entanto, não devemos permitir que tais advertências sirvam de desculpa à negligência dessa válida disciplina espiritual.

Uma coisa é clara: a disciplina espiritual da oração e do jejum de jejum deve ser praticada numa devoção intensa ao Senhor. Os discípulos de Cristo expressam essa devoção quando escolhem abster-se por um curto período de tempo das coisas boas e normais, tais como comida e bebida, televisão, internet, para que possam então gozar de um tempo de comunhão com o Senhor sem nenhuma interrupção. Oração e jejum, também não é algo que eu faço como um fardo ou uma tarefa, mas sim uma celebração consagrada da bondade de Deus e de Sua misericórdia para com Seus filhos.

 Um bom exemplo da prática desta disciplina espiritual está em Esdras 8:21-23 e que vamos ler. Analisemos, antes de mais o seu contexto histórico.

Contexto Histórico

O livro de Esdras contém quase tudo o que se sabe acerca da história dos judeus a partir de 538 a.C., quando Ciro, o persa, conquista a Babilónia. A mão de Deus pode ser vista no facto de que o rei Ciro permitiu aos judeus o regresso do exílio na Babilónia e a reedificação do templo. Não obstante, muitos judeus preferiram o conforto da Babilónia civilizada, em vez do lugar de dificuldades de uma Judeia empobrecida. Aqueles que regressaram, começaram por dar a Deus o primeiro lugar e edificaram ali um altar ao Senhor (3: 1-13). Mas, a despeito disso, permitiram que os seus inimigos os impedissem de continuar a edificação do templo e da cidade (4:1-24). Depois de dezasseis anos, veio o reavivamento através da pregação de Ageu e Zacarias, e as obras do templo foram finalmente concluídas, isso por volta de 516 a.C., sem a interferência ou oposição de outros inimigos.

Após o ano de 457 a.C., aparece então Esdras (7:1-10), comissionado pelo rei persa para ensinar e por em vigor a lei judaica (7:11-28). Esdras reuniu uma nova geração de exilados para que voltasse com ele, e fez perigosa viagem sem escolta (8:1-36), e daí a oração e o jejum, conforme o texto que lemos. Assim tomamos conhecimento do objectivo de Esdras. Uma viagem até Jerusalém! Essa viagem era extremamente longa, cheia de imprevistos e de ataques de grupos inimigos e por isso a importância dada à oração e ao jejum como preparação para a viagem. Se olharmos para a realidade dos nossos dias vamos ver que o valor da oração e do jejum como disciplina espiritual evangélica tem caído de moda.

Além disso, a cultura pós-moderna inverteu a ordem das motivações do jejum e levou-nos de novo à prática censurada por Jesus em Mateus 6. Esdras, porém, age de forma diferente e se propõe a fazer oração e jejum porque já havia dito ao rei que o seu Deus cuidaria dele e dos seus companheiros, de maneira que agora tinha vergonha de pedir soldados para a sua protecção. Assim Esdras apregoa um jejum, a fim de se humilhar perante o Senhor, para lhe pedir uma jornada feliz para eles, para os seus filhos e para tudo que era deles.

Esdras sabe que não é recomendável falar em confiança na providência divina, e, depois, no aperto das situações, apelar para a débil força humana. Esdras sabe que não pode ser hipócrita, por isso recusa a ajuda, a protecção do exército e encomenda a sua viagem ao Senhor. A confiança de Esdras foi colocada “na boa mão do Senhor que é sobre todos os que o buscam, para o bem deles”. 8:22

Percebemos assim que a prática desta disciplina espiritual oração e o jejum resultaram bem, porque o Senhor Deus os atendeu. A nossa vida é uma jornada, cabe aqui perguntar: Queres ter uma jornada feliz?

O objectivo do grupo de exilados liderado por Esdras era chegarem à sua Pátria, à Jerusalém da Palestina. Nós também, além do objectivo final da nossa caminhada que é a Jerusalém celestial (Hebreus 11.16; 13.14; Apocalipse 21.2-3), temos como Igreja objectivos específicos. Esses objectivos serão alcançados quando todos os membros da igreja estiverem dispostos a fugirem da superficialidade cultivando as disciplinas espirituais. Estando conscientes das dificuldades que teremos nesta jornada, precisamos de apregoar jejuns, oração, e assim teremos uma jornada feliz. (Esdras 8.21).

Mas o texto de Esdras é tremendo e ensina-nos muito sobre esta disciplina espiritual. De acordo com o texto de Esdras, porque é que devemos cultivar a disciplina espiritual do Jejum e da Oração?

1º – PARA NOS HUMILHARMOS DIANTE DO NOSSO DEUS – v.21 1.

A oração e o jejum, na Bíblia, nunca são sacrifícios para termos direito a favores de Deus. São sempre expressões de quebrantamento, de reconhecimento dos limites humanos e das possibilidades ilimitadas de Deus: MOISÉS ficou quarenta dias e quarenta noites em comunhão com Deus, sem comer nem beber, porque o povo estava ameaçado de destruição por causa da sua rebelião (Deuteronómio 9.25-26; Salmo 106.23);

JESUS DE NAZARÉ, o Filho do Deus vivo, depois do revestimento do Espírito, passou também quarenta dias e quarenta noites no deserto em comunhão com o Pai, sem comer nem beber, pois a derrota do diabo exigia a acção conjunta das três pessoas da Trindade e assim nos deixou o exemplo (Mateus 3.16- 17; 4.1-11);

PAULO, após o seu encontro com o Senhor e antes de iniciar o seu ministério, ficou três dias cego, na casa de Judas, em jejum, até que foi baptizado e revestido com o poder do alto para o seu ministério (Actos 9.9, 11, 17-18);

OS LIDERES DA IGREJA DE ANTIOQUIA adoravam a Deus com oração e jejuns quando receberam as instruções que deram início às viagens missionárias de Paulo e dos seus companheiros; viagens que mudaram a geografia do Cristianismo! (Actos 13.1-3);

OS PRESBÍTEROS eram eleitos e investidos nos seus cargos depois das orações com jejum feitas pela igreja (Actos 14.23). Nesses exemplos, o jejum não obedece a regras fixas. É feito em situações especiais e por pessoas com ministérios especiais.

Mas o texto de Esdras enfatiza uma palavra: HUMILHAR. O que significa “humilhar”? O dicionário ensina-nos que “humilhar” é tornar-me “húmus”, terra, baixar à terra. O mundo entende por humilhação algo deprimente e vergonhoso. O nosso velho homem recusa-se a dobrar-se, a humilhar-se, a render-se, a submeter-se diante da vontade do Deus que muito deseja conceder-nos uma jornada feliz.

A primeira condição para que tenhamos uma jornada feliz é nos humilharmos demonstrando isso pela prática das disciplinas espirituais. O Salmo 51:17 apresenta-nos a ideia de que os sacrifícios que agradam ao Senhor são o espírito quebrantado e o coração compungido e contrito; Nabucodonosor, rei da Babilónia, comeu erva com os animais, até que se humilhou diante de Deus, e o reconheceu como Senhor;

A 1ª carta de Pedro no capítulo 5, versículo 6, diz : “humilhai-vos, portanto sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte. “

Aplicação: Estamos prontos para nos humilharmos na presença de Deus, para que Ele no tempo oportuno nos exalte? Estamos preparados para que Ele nos conceda uma jornada feliz?

Estamos preparados para nos submetermos à Sua vontade, enquanto igreja? Jesus deixou claro que há uma recompensa para um jejum com motivações certas (Mateus 6.18)! Mas como JEJUAR enquanto acto de humilhação?

 O jejum é abstinência que pode ser de comida e bebida (Moisés, Jesus, Paulo), de sexo entre casais no matrimónio (1 Coríntios 7.4-5), de manjares desejáveis, adoptando refeições frugais durante certo tempo (Daniel 10.2-3; 1.10-16, 18-20) ou de qualquer coisa lícita e prazerosa que, no entanto, possa prejudicar a vida de comunhão com Deus (televisão, filmes, jogos, internet, etc.). O jejum ajuda a desenvolver a necessária disciplina da vida espiritual. Quando praticado com consciência e com humildade, sempre produz alegria! Em momentos especiais, o povo de Deus recebeu convocações para o jejum e para a oração:

JOSAFÁ convocou todo o povo para jejuar e orar diante da ameaça dos inimigos e os resultados foram surpreendentes! (2 Crónicas 20);

ESDRAS, apregoou jejum e oração e Deus moveu-se pela oração do povo (Esdras 8.21-23);

ESTER convocou o povo para jejuar e Deus reverteu a situação desesperadora dos judeus (Ester 4.15-17; 9.20-22);

O PRÓPRIO DEUS, através do profeta Joel, conclamou o povo a converter-se a Ele com jejuns, com choro e com pranto (Joel 2.12) com a promessa de fazer GRANDES COISAS em favor do seu povo (Joel 2.21- 27).

Mas o texto de Esdras vai mais longe e ensina-nos outra boa razão para a prática desta disciplina espiritual. Porque é que devemos cultivar a disciplina espiritual do Jejum e da Oração?

2º – PARA EXPRESSAR A NOSSA DEPENDÊNCIA DE DEUS – v.22

 Os desafios de Esdras eram enormes (Esdras 8.22): os inimigos estavam à espreita e a jornada era muito arriscada. Por outro lado, o povo estava completamente desguarnecido. Era muito limitado pelos fracos recursos que tinham. Como é que poderiam assegurar uma jornada feliz até chegar a casa?

Na nossa jornada, as hostes espirituais da maldade actuam nas regiões celestiais e opõem-se à mobilização do povo de Deus para as verdadeiras batalhas do Reino (Efésios 6.12). O diabo quer que o povo de Deus se limite a participar de cultos alegres e festivos, uma vez por semana, sem o compromisso diário da comunhão do corpo e sem uma evangelização agressiva que assalte as portas do inferno para resgatar vidas. Precisamos de expressar a nossa vulnerabilidade e dependência de Deus e buscar toda a armadura e todos os recursos do céu para VENCERMOS TUDO no dia mau e permanecermos inabaláveis! (Efésios 6.13). Os nossos recursos, como os de Esdras, são limitados e não devemos usar os meios mundanos para a realização da obra de Deus! (Esdras 8.22). Tudo o de que precisamos é da boa mão de Deus sobre nós! Deveríamos seguir Esdras e ter vergonha de usar expedientes mundanos para realizar a obra de Deus!

Esdras teve vergonha de pedir ao Rei que lhe mandasse cavaleiros que os defendessem! Esdras conhecia aquele texto: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós porém, nos gloriaremos no nome do Senhor, nosso Deus.” Salmos 20:7

Através da disciplina do jejum e da oração, expressamos a nossa total dependência de Deus e a nossa plena convicção deve ser de que Ele agirá! A recordação do que Deus fez ao seu povo nos dias de JOSAFÁ e em outras ocasiões é mais do que suficiente para nos mover à oração e ao jejum nos nossos dias!

Há uma terceira razão pela qual devemos cultivar a disciplina espiritual do Jejum e da Oração, isto segundo Esdras 8.

3º – PARA EXPRESSARMOS A NOSSA CONFIANÇA EM DEUS – v.23

Deus atendeu à oração de Esdras e do seu povo (Esdras 8.23). Na versão revista e corrigida está escrito: “E Deus moveu-se pelas nossas orações”. Este Deus sempre funciona assim. Devemos orar baseados nas Suas promessas e confiar mesmo (2 Crónicas 7.14; Jeremias 33.3; Jeremias 29.13; Marcos 11.22-24).

A prática desta disciplina espiritual da oração e do jejum deve resultar numa percepção espiritual mais aguçada e num aumento da nossa fé e confiança nas Suas promessas. A oração e o jejum podem trazer valiosas contribuições à vida do crente ou de toda uma congregação, embora nunca se deva permitir que a sua prática degenere numa formalidade vazia ou numa tentativa de manipular Deus.

Deus pode usar esta disciplina da oração e do jejum e a oração para nos dar uma jornada feliz tal como aconteceu com Esdras. Somos encorajados a confiar n’Ele baseados em promessas como Mateus 7.7-11 ou Isaías 26.12.

Não conseguimos entender todo o mistério que envolve a oração e o jejum, mas é verdade que Deus age quando oramos e jejuamos como expressão da nossa confiança n’Ele. Ele age em nós e através de nós no mundo! Devemos orar e perseverar em oração como acto de obediência e expressão da nossa confiança.

CONCLUSÃO

O que nos leva a pensar na disciplina espiritual da oração e do jejum é a necessidade de fugirmos da superficialidade. Seja honesto: Como está a sua vida de oração? Qual o jejum que precisa de fazer para se concentrar mais no Senhor, humilhando-se, dependendo d’Ele, confiando n’Ele?

Existe uma enorme necessidade de um despertamento desta igreja se quisermos ter uma jornada feliz na promoção do reino de Deus. Se continuarmos acomodados, não conseguiremos contribuir decisivamente para que o evangelho do Reino seja pregado para testemunho a todas as nações. Somos desafiados a orar, a jejuar, para que as nossas famílias de famílias, os nossos ministérios, se multipliquem até que o conhecimento do Senhor cubra a terra como as águas cobrem o mar!

Soli Deo Gloria

Pr.Paulo Pascoal

Create a free website or blog at WordPress.com.